Talvez porque não possuem escuta. Me veem sofrendo, mas não consegue entender meu processo. Também pudera , nem eu entendo. Algumas criticam, tiram por si mesmas as coisas. Filtram pelo seu próprio filtro e não conseguem lidar com questões que as vezes remetem a elas mesmas.
Algumas escondem sentimentos ou querem ser dogmáticas para a sua vida. Não para delas.
Muitas eu me afasto quando assim ocorre. E vivo, sem nada falar.
Creio que na minha última história, essa mesmo que comecei contando, eu com medo de ser reprimida não tive coragem de tentar dialogar sobre. Na verdade nem falei. Talvez pensem ainda que estou viajando para encontrar o antigo homem da não vez.
Outras amigas abro meu coração , essas talvez menos centradas em si mesmo.
Eu fiz terapia muitos anos. E não vou ser leviana em dizer que não serviu. Entretanto, eu não consegui sair durante todos esses anos do círculo de emoções e sensações iguais em todo relacionamento que entro.
Tudo que eu escrevia e dava a eles para ler,os psicólogos,nunca liam. E era ali que eu estava. Não era nadinha na minha fala, que se resumia a falar dos homens da vez. M, P, G, GG, A de novo. Esses que foram mais presentes desde 1993.
Alguns entre esses ,nada sério.
No entanto, porque preciso agora debuma anamnese. Sendo eu mesma a minha construção. Mas quero enfrentar de verdade essa massa coesa, ou fragmentada que sou. Porque eu não sei o que sou. Eu não sei o que sinto. E vou me empurrando toda vida tangenciandobo abismo de emoções diárias.
Culpando os caras que fugiram de mim. Mas deixando de ver o quanto na maioria das vezes eu já estava insatisfeita.
Eu acho, que eu idealizo demais, e jamais alguem chegará ao que idealizei, que também eu confesso que não saberia descrever como é.